Semana da tiróide

*** De 21 a 25 de Maio realiza-se a semana internacional da Tiróide***

Descobri há cerca de 2 anos que tenho hipotiroidismo, o que faz com que de 6 em 6 mesas tenha que fazer exames para adaptar a dose de medicação, e 1 vez por ano tenha que realizar uma ecografia à tiróide para controlar a evolução dos nódulos.

Não é tão mau como parece, mas vou ter que tomar medicação toda a minha vida para substituir as funções da tiróide que não funciona bem e não posso tomar medicamentos que alterem o meu metabolismo (suplementos para emagrecer por exemplo).

Para quem não sabe....

Localizada no pescoço (em frente à traqueia, a glândula da tiróide tem a foma de uma borboleta), a tiróide é a glândula responsável pelo funcionamento do metabolismo, produzindo, entre outras, a hormona T4 (ou tiroxina), que regula o gasto de energia do corpo. 

No entanto, esta glândula pode sofrer alguns desequilíbrios (hiper ou hipotiroidismo) relacionados com o seu funcionamento demasiado acelerado ou lento, o que implica transformações consideráveis no organismo.

Engordar ou emagrecer de repente, sem fazer qualquer modificação no regime alimentar ou nas tarefas diárias, são indícios que algo não funciona bem com a tiróide.

O hipertiroidismo ocorre quando a tiróide produz T4 em excesso. As pessoas que sofrem de hipertiroidismo sentem-se constantemente nervosas, trémulas, com palpitações e tensão alta; além disso, sentem muita fome e não engordam, mesmo comendo bastante.

Adicionalmente, verifica-se a ocorrência de diarreias e, nas mulheres, pode ainda verificar-se o aumento da menstruação, não só em termos de fluxo, como também de prolongamento dos dias em que este ocorre.

Por outro lado, o hipotiroidismo ocorre quando se verifica uma fraca produção de tiroxina, decorrente do funcionamento marcadamente lento da glândula tiróide. Neste caso, as pessoas andam muito sonolentas, sofrem de prisão do ventre e retenção de líquidos, sendo que a pele tende a tornar-se mais seca; nas mulheres, o ciclo menstrual tem intervalos mais longos (entre 45 a 50 dias), sendo que o fluxo também abranda.

Em termos gerais, verifica-se ainda um aumento de peso, em grande medida como resultado da retenção de líquidos.

Causas

As variações no funcionamento da tiróide podem ocorrer por razões genéticas ou casuais. Não é conhecido nenhum hábito que influencie directamente no funcionamento da glândula tiróide. No entanto, embora sendo muito difícil que tal aconteça, a falta de iodo na alimentação pode levar ao hipotiroidismo, uma vez que este mineral é fulcral no processo de metabolização da hormona T4.

Diagnóstico

Complementarmente aos alertas dados pelos sintomas característicos de cada tipo de disfunção, é feita uma avaliação clínica (através do toque na região da glândula), acompanhada de uma análise ao sangue, para verificar as taxas de hormonas produzidas pela tiróide. Se o resultado demonstrar uma queda da taxa de TSH (hormona que estimula o funcionamento da tiróide) e subida da T4, estamos perante um quadro de hipertiroidismo.

O hipotiroidismo é detectado quando se verificam os dados opostos – subida da taxa de TSH e queda da hormona T4.

Tratamentos

Nos quadros de hipotiroidismo, o tratamento é geralmente feito através da administração de medicamentos que irão repor a deficiência da hormona da tireóide. Normalmente, dentro de quatro semanas as taxas ficam estabilizadas e o funcionamento do organismo tende a voltar aos padrões normais.

Para tratar o hipertiroidismo, quando o tratamento pela aministração de remédios que inibem a produção de tiroxina se revela ineficaz (resultados detectáveis no espaço de um mês), é possível optar por métodos definitivos – como a extracção da glândula ou a indução de iodo radioactivo. Com os métodos definitivos, o organismo leva, em média, seis meses para se recompor de uma disfunção da tiróide.